Lamego - Portugal

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Fachada pricipal da Sé Catedral














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Interiores da Sé Catedral

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Aspecto do claustro






Vista parcial do exterior do Sé Catedral de Lamego

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Sé Catedral


Torre românica, até à altura dos sinos (séc. XII-XIII), possuindo frestas interessantes do mesmo período, com especial destaque para a notável fresta que se abre do lado nascente (ver Tesouros Artísticos). A Torre serviu de cadeia por muito tempo, até que o Bispo D. Frei Feliciano de Nossa Senhora resolveu retirar o cárcere por o considerar "tenebroso".
Na fachada podem admirar-se três notáveis pórticos de influência gótica, magnificamente lavrados, notando-se nos dois laterais já influência do período renascentista. (
ver Tesouros Artísticos)
As portas robustas, almofadadas, são valiosos exemplares da marcenaria portuguesa. No interior, as abóbadas das naves apresentam coloridas pinturas de Nicolau Nasoni, representando passagens do antigo Testamento. (
ver Tesouros Artísticos)
No altar-mor existe uma boa pintura em tela representando Nossa Senhora da Assunção. Na Capela do Santíssimo, três magníficos altares de talha dourada (séc. XVIII), possuindo cada um deles uma pintura em tela. Sobre o altar do transepto, do lado norte, está uma excelente tela representando S. Miguel Arcanjo, embora seja uma cópia de Guido Reni. Na Sacristia existe uma bela imagem, em madeira policromada, de Nossa Senhora da Vitória (século XVI);
No coro alto podemos admirar uma bela imagem de Cristo na Cruz sob uma vistosa armação em talha. Também aqui existe uma bonita imagem de Nossa Senhora da Conceição – escultura portuguesa em madeira estofada do século XVII.
O claustro, concluído em 1557, apresenta quatro grupos de arcos do período de transição do gótico para o renascimento. Neste espaço, junto à arcaria do lado nascente, existem duas capelas mandadas construir pelo bispo D. Manuel de Noronha, no século XVI, uma de invocação a S. Nicolau e outra a Santo António. Estas capelas apresentam altares de boa talha sendo as paredes laterais, da capela de S. Nicolau revestidas de magníficos painéis cerâmicos (séc. XVIII) referentes a S. Nicolau. Ambas possuem admiráveis portões em ferro forjado, da melhor serralharia portuguesa.

Classificação: MN - Monumento Nacional

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Casa dos Loureiros ou dos condes de Alpendurada


Na estreita Rua dos Loureiros deparamos com o esplêndido palacete dos viscondes e condes de Alpendurada – uma edificação dos finais do século XVIII.
A pedra de armas é muitíssimo bem trabalhada e sem erros heráldicos, enobrecendo o conjunto deste magnífico solar.
As insígnias representadas na pedra de armas pertencem ao 2º conde de Alpendurada, João Baptista de Carvalho Pereira de Magalhães. Tem este escudo o campo dividido verticalmente em duas palas (partido em pala) e apresenta na primeira pala a cruz florenciada dos Pereiras e na segunda as armas dos Rochas.
O solar tem permanecido na posse da família Girão que tem fortes ligações à região de Lamego.
O brasão coberto de crepes é sinal de luto na família – uma tradição que se tem mantido.

Localização: Rua dos Loureiros, não longe da Sé.

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Teatro Ribeiro Conceição


A primitiva construção remonta ao século XVII.
Aqui funcionou o Hospital da Misericórdia até 1892. Serviu depois como aquartelamento do exército até o edifício ser destruído por um incêndio em 1897. O edifício assim ficou, praticamente em escombros, durante 27 anos até que o comendador Ribeiro Conceição o comprou à Câmara para ali construir um belo Teatro que abriria as portas ao público na noite de 2 de Fevereiro de 1929.
A fachada original manteve-se, ostentando ainda uma pedra de armas com o escudo da coroa real portuguesa.
Até ser definitivamente encerrado ao público, no final do ano de 1987, o Cine Teatro Ribeiro Conceição proporcionou a várias gerações de lamecenses espectáculos tão diversos, como cinema, teatro, ópera, concertos, bailado, saraus variados, circo, etc.
O imóvel foi depois adquirido pela Câmara e no final de 2005 iniciaram-se as obras de reabilitação e modernização cujo custo total rondou os 6,2 milhões de euros.
A recuperação do Teatro, que contou com mais de dois milhões de euros de apoio financeiro da administração central, no âmbito do Programa Operacional da Cultura, só foi possível depois de a autarquia ter adquirido uma parcela do edifício setecentista que ainda era propriedade privada.
As obras consistiram na preservação da fachada e na decoração do interior, inspiradas na arquitectura das grandes salas de teatro italianas e, simultaneamente, dotando o teatro com moderno equipamento audiovisual.
Após vinte anos de abandono, a magnífica sala de espectáculos foi finalmente inaugurada em 23 de Fevereiro de 2008, numa cerimónia que contou com a presença do Presidente da República.
Classificação: IIP - Imóvel de Interesse Público
Localização: Na baixa da cidade, perto da Sé.

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Antigo Paço do Bispo (actual edifício do Museu de Lamego)


O edifício é um dos mais esplendorosos palácios brasonados de Lamego. Com uma frontaria ampla voltada para a escadaria e Santuário de Nossa Senhora dos Remédios, esta edificação, antigo paço episcopal da cidade, foi objecto de ampla remodelação entre 1772 e 1786, empreendida pelo bispo D. Manuel de Vasconcelos Pereira. Na sua fachada principal, composta por três corpos divididos por pilastras lisas de granito, ressaltam belas janelas bem características de um estilo fantasioso da época, possuindo as dos corpos laterais dois extensos varandins de pedra.
Contrastando harmoniosamente com a brancura do pano central, sobressaem quatro belas janelas engalanadas com touca e avental de granito, destituídas de varandim, abrindo-se na parte central o portal de entrada que sustenta, esplendidamente, o brasão do bispo, D. Manuel de Vasconcelos Pereira, ostentando as insígnias heráldicas dos Pereiras, de Rodrigo Forjaz com uma cruz de prata e dos Vasconcelos, com três faixas.
Com o advento da revolução republicana de 1910, o edifício foi expropriado para instalação de vários serviços públicos. Em 1917, aí se instalou o Museu de Lamego, graças ao trabalho notável desenvolvido pelo artista lamecense João Amaral, que aqui reuniu o seu espólio principal. Sofreu obras de restauro nas décadas de trinta e cinquenta. Em 1964, com a saída da Biblioteca Municipal e em 1968, com a saída da Guarda Nacional Republicana que ocupava o corpo sul, ficou o edifício totalmente ocupado pelo Museu.
O museu possui, actualmente, em exposição permanente: secções de pintura, tapeçaria, paramentaria, escultura, ourivesaria, cerâmica, azulejaria, arqueologia, capelas e altares, viaturas e mobiliário. Cronologicamente, abrange o período que vai desde a presença romana até aos nossos dias, com realce para o período da renascença, onde se destacam as tapeçarias flamengas e a pintura de Vasco Fernandes. (
ver Tesouros Artísticos)

Localização: Baixa de Lamego e não longe da Sé

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Casa das Mores

Palacete do Século XVII. Julga-se que a denominação “Mores” advém do facto de aqui terem residido alguns Capitães-Mores de Lamego.
Os últimos fidalgos que habitaram este solar foram os Osórios.
O edifício, embora deturpado ulteriormente, apresenta-se grandioso, de linhas simples mas correctas, com dois brasões expostos nos dois ângulos.
Ambos os brasões ostentam chapéus eclesiásticos. O do lado direito do edifício tem os sinais heráldicos dos Coelhos, enquanto que o do ângulo esquerdo, esquartelado, tem no primeiro e quarto quartéis os Botelhos (com menos uma banda), no segundo quartel os Monteiros e o terceiro, com três flores–de-lis, poderá representar os Guedes.
Em 1931 foi ali criado o Internato Académico de Lamego, a princípio misto e depois masculino. Posteriormente ali funcionou, por largos anos, a Casa de Saúde de Lamego, acabando por encerrar. Há poucos anos o solar foi adquirido por particular para ali instalar escritórios.
Localização: Rua Macário de Castro, e não longe da Sé

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Casa das Brolhas


Erigido em 1771 é um dos mais grandiosos edifícios solarengos de Lamego.
A sua frontaria chama atenção pelos ornamentos decorativos invulgares, lavrados no granito, onde sobressai o imponente portão e o magnífico brasão da família. O escudo está dividido em cinco partições, realçando-se os sinais heráldicos dos Osórios, Menezes (marqueses de Marialva) esquartelado, Castros à sinistra com treze arruelas.
É este edifício considerado imóvel de interesse público por despacho de 1975, sendo, a sua imponência, uma demonstração da prosperidade que a aristocracia detinha na região de Lamego no século XVIII.
À Casa das Brolhas pertenciam vários notáveis que estavam ligados à mais antiga nobreza de Portugal, como Macário de Castro da Fonseca e Sousa, par do reino, brilhante parlamentar nos primeiros tempos do regime constitucional, grande benemérito de Lamego, como o foi seu neto, Macário de Castro da Fonseca e Sousa Pereira Coutinho, também par do reino. Outros antepassados seus se assinalaram, como Manuel Pinto da Fonseca que veio a ser Grão-mestre da Ordem de Malta.
Classificação: IIP - Imóvel de Interesse Público
Localização: Rua Macário de Castro